quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Como foi a Exposição de História em Quadrinhos






De 26 de julho a 26 de agosto aconteceu a Exposição de História em Quadrinhos do projeto Garatuja – 35 Anos de Arte e Cultura em Atibaia. Na abertura, dia 26 de junho, compareceram cerca de cinquenta pessoas na sede do Instituto Garatuja onde aconteceu a confraternização entre convidados, participantes das Oficinas e frequentadores da entidade, que se organizaram de forma comunitária nos “comes e bebes”.  Também nesse dia foi encartado o fanzine “Prelúdio para o Seu Zé”, de José Aguiar. O material foi produzido durante a Residência Artística que o quadrinista curitibano realizou em março. O encarte reforçou a divulgação da exposição chamando a atenção dos leitores para o evento. Na exposição ficaram expostos diversos gibis do acervo do Instituto das décadas de cinquenta até setenta divididas em cinco temas. No primeiro expositor as revistas infantis como Mirim, Tico-tico, Tiquinho e outros. No segundo as revistas de terror como Cripta, O Estranho Mundo de Zé do Caixão, O Sobrenatural, O Squife e outros. No terceiro expositor foram reservados as publicações com produções nacionais como Bola de Fogo, Vigilante Rodoviário, Capitão Atlas, Capitão Sete, etc. No quarto, os clássicos como Flash Gordon, Globo Juvenil, Raio Vermelho, O Gury, Lobinho. Por fim, o quinto expositor com os originais produzidos pelos participantes da oficina de quadrinhos, além do material de quadrinistas de Atibaia e da cidade Bragança Paulista, cidade que abriga forte atuação na área. Nas paredes a exposição trazia alguns desenhos originais utilizados nas capas de gibis, assim como fotolitos originais de revistas americanas. Tinha ainda uma série de pranchas, também originais, assinadas pelo grande artista argentino Alberto Breccia, além de painéis didáticos sobre o desenvolvimento da linguagem e sua produção. A escola Terra Brasil participou intensamente da programação, trazendo seus alunos em pequenos grupos. Nessas visitas aconteciam um bate papo sobre a história dos quadrinhos, a importância de conhecer o que já foi produzido, o futuro dos quadrinhos e sua aplicação na escola. Também foram exibimos vídeos sobre o tema. Cerca de 250 pessoas visitaram a exposição que foi um grande sucesso. Acima a divulgação realizada pelo amigo Edício Monteiro, que mantém o canal Quadrinhos World.






















































sábado, 16 de novembro de 2019

Workshop “A Produção de HQs” aconteceu em julho



No último dia 27 de julho o Instituto Garatuja realizou o workshop A Produção de HQs, com o quadrinista Aluísio Cervelle, que falou de suas experiências como realizador, ilustrador e quadrinista. Processo de criação, realização, divulgação e distribuição foram alguns dos temas abordados nesse encontro. O caráter didático foi muito apreciado pelos ouvintes, formado na grande maioria por jovens interessados na área. Compareceram cerca de trinta pessoas. Aluísio Cervelle Santos é Bacharel em Programação Visual pela Universidade Estadual Paulista. Entre suas publicações estão Zone Lords #1, de 2017, DROPDEAD, de 2015, (Prêmio PROAC), QUAD 1, 2 e 3 (antologia). Além de ter trabalhado com ilustração no Brasil e no exterior. Recebeu o Prêmio HQMIX de Melhor Publicação de Grupo “QUAD 2”, de 2014, além do Prêmio Abril de Jornalismo Melhor Infográfico, 2010 - Melhor Criação de Personagem MOJIZU (EUA). Com os artistas Eduardo Schaal, Diego Sanches e Eduardo Ferigato, Aluísio integra o coletivo Quad Comics, que publica uma série de quadrinhos de ficção cientifica independente. Esse workshop integrou o Projeto “Garatuja – 35 anos de Arte e Cultura em Atibaia”, realização do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e Instituto de Arte e Cultura Garatuja, através do PROAC. Acima o workshop na íntegra realizada pelo canal Quadrinhos World, de Edício Monteiro.












quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Exposição de Trabalhos em Técnicas Mistas, Fotografia e Gravura.

Foto de Daniel Guedes

De 04 a 31 de agosto aconteceu a Exposição de Trabalhos em Técnicas Mistas, Fotografia e Gravura. O evento trazia o resultado das atividades desenvolvidas no projeto “Garatuja – 35 Anos de Arte e Cultura em Atibaia”. Aberta dia 03, a exposição permaneceu até 31 de agosto no Centro Cultural André Carneiro e foi dividida de em três áreas. Na fotografia, além dos trabalhos dos participantes das oficinas, os visitantes puderam conhecer o que ocorre no interior de toda máquina fotográfica, ao entrar na câmara escura gigante montada no local. Esse objeto fez parte de outro projeto realizado em 2002, em parceria com o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, quando foi produzido para demonstrar o fenômeno da formação da imagem. Esse objeto sempre teve bastante aceitação por parte do visitante e nessa exposição não foi diferente. Saiba mais aqui e aqui. Ainda na fotografia tivemos uma pequena mostra do acervo do Garatuja formado por máquinas fotográficas e equipamentos antigos utilizados na fotografia analógica, além de fotos de Daniel Guedes, fotógrafo responsável pela condução das oficinas ocorridas no projeto. Na gravura, além do painel didático, alguns trabalhos acompanhados das matrizes, produzidos por alunos. Na área de Técnicas Mistas estavam expostos trabalhos realizados pelas crianças da oficina de técnicas mistas ocorridas meses antes. Completava a exposição uma retrospectiva de trabalhos produzidos no Garatuja por crianças de diferentes épocas. A exposição contou com visitas de escolas da região com destaque para os alunos da Escola José Alvim, coordenadas pelo professor de educação física Marcelo Guimarães Torres. Acompanharam os alunos a Diretora Silmara Lourenço Cardoso, o Coordenador de Ensino médio Ricardo José de Campos, a professora de artes Priscila Faquim, e a professora de libras Dircilei Regina S. Godoi com a aluna Thais Cristina. Cerca de 650 pessoas visitaram a exposição e deixaram sua assinatura na lista de presença.
























Os Quadrinhos na Região Bragantina




















Em 1996 aconteceu em Atibaia a primeira tentativa de fomentar a linguagem das histórias em quadrinhos no município. Em junho daquele ano ocorreu a Exposição Itinerante História da História em Quadrinhos, organizada por Álvaro de Moya, através da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e da Prefeitura de Atibaia. Saiba mais aqui. Na programação, exposição, oficinas e filmes temáticos comentados. O próprio Álvaro de Moya esteve presente, realizando a palestra de abertura da exposição. Na ocasião foi disponibilizado um espaço da Biblioteca Unidade II, do Alvinópolis, para a criação da primeira Gibiteca do município, festejada com muita pompa e galhardia, com todos os salamaleques políticos de praxe, mas que nunca saiu do papel após a mudança politica acorrida pouco tempo depois. Sem política cultural, infelizmente, essa será a sina de tudo que for produzido na cultura.

Cartaz e programa de 1996
A despeito disso, a linguagem sobrevive, graças a uma ou outra iniciativa de artistas esparsos que produzem pelo amor a linguagem e necessidade expressiva. Um bom exemplo é trabalho desenvolvido pelo Edício Monteiro, de Atibaia, que mantém o canal no Youtube Quadrinhos World, com mais de sete mil inscritos. Veja aqui. Em vídeos semanais o canal comenta e divulga muita informação sobre a linguagem quadrinizada. Poderia citar outros, como a trabalho do Ju Tuck, do Mauricio Clemente Coutrim, etc.  Ao formular o projeto Garatuja-35 Anos de Arte e Cultura em Atibaia para o edital Proac 2018, inclui a linguagem dos quadrinhos, entendendo ser importante valorizar a linguagem na cidade e região, dando visibilidade aos inúmeros aficionados espalhados pela região. A exposição de História em quadrinhos realizada em julho passado, na sede do Garatuja, fez parte desse projeto. Nela dediquei uma parte do espaço para o material produzido em Atibaia e região. Convidei então o amigo Merka (Hilton Mercadante) para escrever o texto que segue. O texto integrou a exposição.  

QUADRINHOS BRAGANTINOS
No início dos anos 90, quando saí da capital para vir morar em Bragança Paulista, confesso que cheguei com aquela visão de que fora de São Paulo não havia vida cultural. Aos poucos a realidade foi me mostrando que não era bem assim...
Logo depois de minha mudança comecei a lecionar no saudoso curso de Arte da FESB e tomei contato com uma série de pessoas fantásticas, que desenvolviam as mais variadas e ousadas linguagens artísticas. Entre essas linguagens todas apareceu a turma dos quadrinhos. Quem me apresentou essa moçada foi o Charles Paixão, meu ex-aluno e atual amigo. E percebi que meu trabalho isolado de ilustrador na minha prancheta encontrava eco nos traços e gostos de gente dez, quinze ou vinte anos mais nova.
Foi aí que conheci o André, Alessandro, Roger, Guto, etc. Artistas que produziam um material menos colonizado culturalmente, sem querer ser o novo Frank Miller ou Neil Gaiman. E outros que apesar de não produzirem HQ tinham um trabalho que dialogava com essa linguagem, Betão e Mambera, por exemplo. E fiquei sabendo que havia um fanzine, O Lingüiça Bragantina (com trema ainda), em que toda essa moçada se juntava para mostrar seu trabalho e que contava com a raça do Charles e do Roger pra ser publicado.
Apesar de não ter periodicidade exata e ser publicado de maneira heróica, esse zine resume bem o trabalho de artistas gráficos da região que se dedicam não só aos quadrinhos como também à ilustração. E novos nomes surgem nessa área, parece que os ares da região bragantina estimulam o uso de um bloco de desenho e canetas nanquim. Bia Raposo, Luana, Amanda, Marina Tasca, Hélio, as irmãs Navarro, Alice, Guilherme de Atibaia... a lista é grande.
Gente com gás novo e mente aberta, tudo que precisamos em qualquer área, ainda mais nos tempos atuais...

Evoé ao Lingüiça e artistas que o produzem!
Resistimos com traços e balões.

Hilton Mercadante, Merka é professor de arte e artista gráfico. Autor de “Crônicas da Pindahyba”, “Assim nasce um bicho-papão” e “Filhos da Mata”

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Palestra com Paulo Cheida Sans em Atibaia


No dia 31 de agosto o fundador do Museu Olho Latino, o professor Paulo Cheida Sans, esteve em Atibaia realizando uma palestra no Centro Cultural André Carneiro. Na ocasião o convidado falou sobre a linguagem da gravura na atualidade, discorreu sobre sua carreira como gravurista e artista plástico, seu processo de trabalho e a criação do Museu Olho Latino. Paulo Cheida pode ser considerado um dos maiores incentivadores da técnica no Brasil, possuindo rico acervo com mais de mil obras de diferentes técnicas, de diversos países, com ênfase na produção latina americana. Desde 2006 Atibaia abriga o Museu Olho Latino, que conta com ativa programação voltada as exposições temporárias de artistas consagrados e iniciantes. O público participante da palestra era formado por amigos, alunos, professores de uma Faculdade local, além da Secretária da Cultura Roberta Barsotti, da Diretora de Cultura Carla Natal, artistas e demais interessados. O encontro contou com vários vídeos e fotos que registram sua trajetória no Brasil e exterior. A palestra fez parte do projeto “Garatuja – 35 anos de Arte e Cultura em Atibaia”, realização do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e Instituto de Arte e Cultura Garatuja, através do PROAC.





































Workshop de Gravura


Dia 21 de setembro aconteceu o Workshop de Gravura com o artista e oficineiro Alex Rock. Alex tem larga experiência no ensino da arte em escolas públicas, atuando na cidade de Jundiaí, onde desenvolve uma pesquisa ligada aos processos alternativos da reprodução da imagem. Alex agrega uma visão atualizada à gravura, incorporando conceitos e técnicas novas a uma linguagem tão antiga e sedimentada ao longo do tempo. Sua atuação está ligada a tendência denominada “Gravura em campo expandido”, que contempla uma percepção mais contemporânea da gravura, ampliando suas abordagens e possibilidades de leitura e interpretação. No workshop “Gravura: Experiência nas Materialidades e Suportes Contemporâneos”. Alex trabalhou com vários materiais e ferramentas oferecendo excelentes possibilidades para professores e artistas interessados em aprofundar-se no rico universo expressivo. Cologravura, tetra pack gravura, blockprint e carimbos de borracha foram algumas das técnicas abordadas no encontro, que contou com a participação de artistas, professores e alunos. O workshop fez parte do projeto “Garatuja – 35 anos de Arte e Cultura em Atibaia”, realização do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e Instituto de Arte e Cultura Garatuja, através do PROAC.